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6 Erros que profissionais de comunicação política não podem cometer


Se você é um profissional de comunicação que atua ou que pretende atuar em campanhas eleitorais em 2022, esse texto é para você!


Sabemos que o ano eleitoral é um ano que desperta muitas emoções em quem atua na área e também nos pré-candidados que tem um papel de destaque maior, pois são a Marca Política, razão de ser de todos os esforços e estratégias.


Porém é preciso ter cautela em alguns comportamentos que podem comprometer todo o trabalho e são justamente esses comportamentos que quero falar agora.


6 Comportamentos que um profissional de comunicação não deve cometer em uma campanha eleitoral:


1. Não definir seu escopo de trabalho


Tem uma frase que uso muito e tive que aprender na prática o seu real sentido que é: "O combinado não custa caro" e mais do que isso, acho também que evita desgastes e prejuízos, principalmente de relacionamento e sem contar os mentais.


Quando começamos a atender um político, tudo é lindo minha avó tinha uma fala que ilustrava bem isso: "Toda vassoura nova varre bem" ou seja, não existe conflito pois, de um lado você quer mostrar o seu potencial e do outro o político quer ver os benefícios do seu trabalho.


Essa atmosfera de expectativa faz com que ambos sejam cordiais na espera daquilo que idealizam. Mas tome cuidado. Com o tempo as expectativas mudam ou não se concretizam e é aí que os conflitos começam.


Por isso o meu conselho é: Defina muito bem quais são suas responsabilidades e o que esperar do seu trabalho. Cair na ideia de querer ser tudo pode ser extremamente prejudicial não somente para o seu trabalho, como também para a sua saúde mental.


Então se você está começando agora, alinhe o escopo e se você já está na equipe faz um tempo, que tal revisar as responsabilidades de cada um?


2. Enfrentar o candidato


Por mais que o candidato seja uma Marca Política e você queira mostrar o melhor dele para os futuros eleitores, saiba que a decisão final é dele e não adianta bater de frente, porém isso não significa que você não deva usar o seu poder de convencimento.


Se o político está em um momento resistente, espere um pouco, junte argumentos racionais e no momento certo, apresente a ele. Mostre qual é a sua ideia, o resultado que pretende atingir e como vai fazer para chegar lá. Aponte a solução que as chances de você o convencer são maiores.


Mas se ainda assim, a resposta for negativa, bola pra frente sem culpa pois, você fez o que poderia ter feito, dentro daquilo que lhe foi permitido.


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3. Trabalhar com quem não te escuta


Tudo tem limite, até na discordância, por isso o conselho anterior vale somente até certo ponto.


Se a maioria das suas ideias não são ouvidas, se você passa horas criando estratégias que não são utilizadas e você sente que seu potencial é desperdiçado é hora de repensar se você está no lugar certo.


Se você foi contratato para somar, deve levar a sério essa lógica matemática e fazer o seu papel. Quando não se é ouvido, você acaba sendo visto como uma peça operacional que pode se tornar substituível facilmente.


Não sacrifique sua autonomia, isso pode custar caro não somente para você, mas também para o político por isso, fique atento.


4. Deixar que o político tire a sua autoridade


Se você for o coordenador de comunicação ou da campanha, o candidato deve deixar claro deixar claro o seu papel.


Tirar sua autonomia é a pior coisa que ele pode fazer pelos próprios resultados. E nesse ponto outro conselho é muito válido. Faça respeitar a hierarquia.


Isso não significa que o coordenador deve ser o escudo e não deixar que ninguém tenha contato com o político, mas que as atividades devem ser realizadas sem tangenciamento pois, cada um sabe exatamente o seu papel dentro da equipe.


A hierarquia também ajuda na definição de responsabilidades e não deixa que outras atividades recaiam sobre você, sobrecarregando o seu trabalho e diminuindo a entrega de resultados que você foi contratado para fazer.


Ter em sua equipe (núcleo duro) pessoas responsáveis e que trabalhem pelos mesmos objetivos que o seu, também ajuda.


5. Não ter iniciativa


Os melhores profissionais são aqueles que tem iniciativa. E são justamente esses os que se tornam indispensáveis na estratégia e na equipe.


Por isso, ouça a música que diz: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

Resolver problemas é uma arte que você deve dominar.


Lembre que durante o mandato, o político deve se preocupar em ter produção legislativa (ou executiva) para gerar conteúdo e em período de campanha, seu foco é fazer a campanha e pedir votos, quanto menos problema tiver na cabeça, melhor.


Todos as questões de comunicação e marketing, seja no on-line ou no off-line, devem ser resolvidas preferencialmente antes de chegar no político e isso exige proatividade não somente de uma pessoa, mas de toda a equipe.



6. Atue na política com o cérebro e não com o fígado


Deixei esse erro por último, porque sei que muitas equipes agem emocionalmente, porque levam o fígado ao invés de levar o cérebro para o trabalho.


Uma campanha ou gabinete, pode se tornar um lugar extremamente tóxico se as pessoas começam a levar para o lado pessoal questões que deveriam ser tratadas em âmbito profissional.


Disputas internas, desentendimentos por coisas pequenas, falta de comunicação e picuinhas prejudicam demais o andamento do trabalho político e as estratégias como um todo.


Se a sua função é estar ligado diretamente ao político e coordenar a campanha ou a comunicação, é seu dever agir de forma profissional, não sendo conivente com isolamentos de profissionais, fofocas, depreciação ou qualquer outro tipo de coisa que impacte o andamento do trabalho.


Muitas equipes não percebem que agindo assim, acabam mais por prejudicar do que ajudar o político, não seja você uma dessas pessoas.


E agora que você já sabe tudo isso, que tal compartilhar seus pensamentos com a sua equipe?


Um abraço e até breve!


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